GM poderá assumir o Grupo PSA (Peugeot-Citroën)

Situação financeira do grupo é gravíssima, diz Reuters

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Cinco anos atrás, o mundo assistia atônito à possibilidade da General Motors falir em meio à Crise de 2008. Tamanho despreparo ocasionou até mesmo um questionável intervencionismo por parte do governo estadunidense. Marcas como Pontiac e Hummer, pertencentes ao grupo norte-americano, deixaram de existir. Agora, a situação pouco lembra o caos que vivia a economia americana e a GM em 2008. Segundo um relatório realizado pela Reuters, a GM está a assumir o controle do grupo PSA (Peugeot-Citroën).

O relatório afirma que a GM, que hoje detém 7% do Grupo PSA, só irá investir dinheiro no grupo se a situação financeira se estabilizar. Para tal, os estadunidenses optaram por assumir o controle do grupo. Isso garantiria à GM mais segurança ao investir e daria ao grupo o poder de adotar medidas lamentáveis como o fechamento de fábricas na França e Alemanha, algo já previsto pela Reuters. Com capital estrangeiro em jogo, os governos locais não teriam tamanha influência na tentativa de evitar mais contrastes sociais na Europa em crise. A medida também auxiliaria numa espécie de know-how com a Opel.

Rumores apontam que o presidente da França, François Hollande, consentiu com o negócio pois acredita que a única forma de salvar as duas marcas seria uni-las a um sócio maior. Hoje, o Grupo PSA oferece 77 mil empregos diretos e atua industrialmente em numerosos países. A parceria com a GM já previa compartilhamento de motores e plataformas, mas, com a GM como futura sócia majoritária, podemos ver novos caminhos para a PSA, como sua introdução no mercado norte-americano. Em sumo, é um toma lá dá cá: em 2008, foi a italiana Fiat que levou a ajuda europeia aos EUA, adquirindo mais da metade as ações do Grupo Chrysler. Hoje, são os americanos que acodem o Velho Continente. Quase um Plano Marshall.

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